 Descricao |
É um espaço cosmopolita que parece ter parado em 1900. As palavras são de João Madureira, o decorador de interiores que, há alguns meses, olhou para um antigo armazém de moagens, no centro do Porto, e achou que podia ser transformado num "café engraçado". A visão viria a confirmar-se. Abriu as portas do Café Lusitano, na Rua José Falcão, há cerca de um mês e já não sabe como fecha-las ao fim-de-semana, tamanha é a multidão que se apinha à entrada. "Foi uma surpresa, até tenho medo de me deslumbrar", assume João Madureira, satisfeito com o êxito precoce do novo "refugio" que transporta os portuenses para o inicio do século.rnLá dentro, a luz recorda a época dos serões de tertúlias. Mas a decoração vai mais longe. Espelhos e quadros com molduras antigas decoram as paredes da zona de restauração. Ao fundo, mesas baixas e puffs orientais compõem o espaço da noite num estilo "chill out". À entrada, uma pequena loja seduz pela diversidade de artigos de marroquinaria.rnMas, no centro de todas as atenções, está o balcão de madeira onde, outrora, os funcionários recebiam e despachavam a mercadoria do armazém de moagens, desactivado há dez anos. Agora, é o bar ou espaço de apoio à cozinha, de onde saem os empregados com bandejas para servir "pessoas dos 20 ao 70 anos", conforme a hora do dia. É, na verdade, consoante a hora do dia que a clientela varia. Ao almoço há refeições ligeiras, ao lanche uma imensa variedade de chás e bolos caseiros e com a noite vêm as surpresas.rnJá a partir da próxima quarta-feira, o "Café Lusitano" vai surpreender os clientes com iniciativas originais. "À noite vamos ter prostitutas a declamar poesia", conta João Madureira que se "aventurou" no negócio com o dono da discoteca Indústria, Mário Carvalho. Teatro, projecção de filmes e exposições são outras apostas. |
Horário
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